Uma analise de emprendimento Frutasã (Carolina-MA, Brasil) a luz da economia solidaria
Estudo de caso
Igor Simoni Homem de Carvalho, Omar Silveira Junior, abril 2006
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Resumo :
A fábrica de polpas de frutas FrutaSã começou a funcionar em 1994, no contexto do Projeto Frutos do Cerrado, objetivando a implementação de uma alternativa de geração de renda aliada à conservação do Cerrado da região das Terras Indígenas dos Povos Timbira. A empresa tem como proprietárias a Associação Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, única beneficiária dos lucros gerados, e a organização não governamental Centro de Trabalho Indigenista – CTI, fiel depositária frente às instituições externas. Neste artigo, defendemos que o empreendimento se distingue da economia capitalista, e, portanto, se aproxima do conceito da Economia Solidária, por uma série de motivos: seus lucros se destinam a dar suporte às ações e objetivos sociais da Associação Vyty Catë; a FrutaSã estabelece uma cooperação entre indígenas e seus vizinhos não-índios, gerando renda para as comunidades locais; e também conserva e recupera a vegetação nativa da região. São levantadas algumas questões que podem subsidiar discussões mais aprofundadas sobre empreendimentos solidários e socioambientais, como a adequação dos processos decisórios operacionais à realidade do mercado, os conflitos socioculturais decorrentes da interação de indígenas com pequenos agricultores e a necessidade de subsídios (investimentos a fundo perdido) para viabilizar este tipo de empreendimento.
Fontes :
Site web du FBSES www.fbes.org.br