A Construção do Mercado Solidário Brasileiro: contribuição das redes de Economia Solidária.

ociedade e Estado [en linea]. 2012, 27(2), 434-434

Ivette Tatiana Castilla Carrascal, 2012

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Resumo :

Esta dissertação trata da construção do mercado solidário brasileiro, a partir das contribuições das redes de Economia Solidária. O objetivo foi compreender e analisar as contribuições que as redes fazem à construção de um mercado solidário no Brasil e identificar quais os efeitos, as mudanças vivenciadas no interior dos empreendimentos que fazem parte das mesmas re- des. Para esse fim, procuramos caracterizar e analisar as Redes Bodega, ACS Amazônia, Rede Ecovida, Central do Cerrado e Justa Trama, mostrando quais os empreendimentos que as constituem, quais os fluxos que as perpassam, quais suas práticas de comércio justo e solidário e os desafios enfrentados, entre ou- tras questões. No primeiro capítulo, apresentamos as diferentes concepções de mercado e sua evolução no tempo, para, então, nos determos às suas desigual- dades e assimetrias no século XX. Faz-se também uma contextualização do mo- mento atual que passa o Brasil com as iniciativas no campo do Comércio Justo, onde a sociedade civil organizada e Estado dialogam sobre o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário. No segundo capítulo, fazemos uma discussão so- bre as diferentes características das redes nas teorias sociais mais gerais e sobre as redes no campo da Economia Solidária ou de colaboração solidária. Ainda nesse capítulo, analisamos algumas afirmações sobre as razões de se organizar em rede, com uma discussão introdutória sobre a Teoria do Ator-Rede, lente teórica utilizada para a análise do objeto de pesquisa deste trabalho. As obser- vações realizadas no campo empírico nos levam a considerar que as redes de Economia Solidária fortalecem a sua identidade mediante diferentes práticas, dentre as quais as relacionadas a princípios do comércio justo e solidário. Forta- lecem vínculos sociais entre os grupos, os acordos comerciais que se estabele- ceriam com base nesses princípios e isso, por sua vez, favoreceria a articulação entre os atores. Além disso, para tentar dar conta da sustentabilidade econô- mica das redes, seria preciso que desenvolvessem algumas práticas de planeja- mento, implementação e controle dos seus fluxos em rede e, assim, ampliasem as possibilidades de elevação da renda, de melhorar os intercâmbios comerciais e de criar e fortalecer espaços alternativos de comercialização

Fontes :

www.redalyc.org/articulo.oa?id=339930934016